A trajetória de vida desta acreana, nascida no dia 08 de Fevereiro de 1958, é de causar estimulo similar ao da endorfina no nosso cérebro. Uma sensação de prazer de viver e de acreditar em um mundo melhor.
Ex-Ministra, Senadora e atual pré-candidata a Presidência da República pelo Partido Verde do Acre, Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima, passou sua infância ao lado de sete irmãos cortando seringas, plantando, caçando e pescando no seringal em Bagaço, a 70 quilômetros de Rio Branco. Estudou no Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), onde aprendeu a ler e escrever. Cursou o Supletivo de 1º grau e do 2º grau. Sonhava em ser freira, porém, Deus tinha planos mais audazes pra essa mulher brasileira sim senhor. Na época, aproximou-se de grupos de teatro amador, fazendo com que Marina Silva ingressasse na vida política, ainda não partidária dos movimentos sociais.
Aos 15 anos, com a morte da mãe, assumiu a chefia da casa e a criação dos irmãos. Por ter contraído Hepatite, foi viver na Cidade, onde trabalhou como empregada doméstica. Com 20 anos de idade, ao retornar de São Paulo, onde foi buscar tratamento por ter contraído Hepatite pela segunda vez, ingressou na Universidade Federal do Acre, no curso de História.
Companheira de luta e fundadora juntamente com Chico Mendes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Acre em 1985, onde foi vice-coordenadora até 1986. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT), e em 1988 foi a Vereadora mais votada do Município de Rio Branco. Com a missão de fazer o que é certo, a Vereadora, resolveu devolver os benefícios a que tinha direito pela lei e passou a combater esses privilégios financeiros dos Vereadores, causando uma grande polêmica entre eles. Com uma postura correta, sensata e equilibrada, Marina recebeu uma votação expressiva nas eleições para Deputada Estadual em 1990. E em 1994 ao ser candidata ao Senado da República sua votação foi maciça mais uma vez. Entre 1995 a 1997 foi Secretaria Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para Presidência da República em 2003, foi nomeada Ministra do Meio Ambiente. Por não fazer pacto com o diabo, a Ministra Marina Silva, que enfrentou conflitos constantes com outros Ministros do governo, alegando que interesses econômicos estariam se contrapondo aos objetivos da preservação ambiental, se colocou disponível para deixar o cargo. Com a reeleição do Presidente Lula, os 24 milhões de hectares verdes delimitados, tornou-se apenas 300 mil hectares em 2007. Ela enfrentou pressões violentas de governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi e de Rondônia, Ivo Cassol, para rever medidas de combates ao desmatamento da Amazônia. Por querer fazer a coisa certa e não conseguir trilhar esse caminho, no dia 13 de maio de 2008, entregou sua carta de demissão, voltando ao exercício do seu mandato de Senadora. Desencantada com uma política que se sobrepõe a política do economicamente correto, Marina Silva se desvinculou do Partido dos Trabalhadores e filiou-se ao Partido Verde. Militante há 30 anos a favor de um desenvolvimento sustentável, Marina atraiu olhares internacionais, sendo premiada em 1996 com o “Goldman” do Meio Ambiente pela America Latina e Caribe, nos Estados Unidos. Em 2007, foi homenageada com o maior prêmio das Organizações das Nações Unidas (ONU), na área ambiental, o “Champions of the Earth” (Campeões da terra). E não para por ai, essa visionária e apaixonada pelo Meio Ambiente, também foi agraciada no dia 1º de Abril de 2009, pelo prêmio norueguês “Sofia”, ganhando 100 mil dólares por sua luta em defesa da floresta Amazônica - reduziu o desmatamento na área para níveis historicamente baixos (59%) entre 2004 a 2007; 700 pessoas foram presas por atividades ilegais; 1.500 empresas foram fechadas por trabalharem ilegais; equipamentos; propriedades e madeiras ilegais foram apreendidas.
A fundação Príncipe Albert II de Mônaco acaba de entregar a Marina Silva o prêmio “Mudanças Climáticas”.
Uma mulher com princípios bem definidos, Marina não tem medo de expor sua opinião contra o aborto. Um assunto delicado, mais que para a Senadora e pré-candidata a eleição a Presidência, é um tema que precisa ser tratado na campanha presidencial. Ela defende um plebiscito sobre o assunto, uma forma democrática de resolver o problema. A Senadora esteve participando está semana em Washington de um encontro com políticos americanos e de um evento sobre o aquecimento global, realizado pelo Instituto de pesquisas políticas Woodrow Wilson Center. Marina ao dar entrevistas a jornalistas brasileiros, afirmou que as nações emergentes poderão induzir os países desenvolvidos a um ''constrangimento ético'' nas negociações da Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, que acontece no mês de dezembro, em Copenhague. Ela faz críticas aos Estados Unidos pelo fato de o país ter colocado a discussão sobre aquecimento global em segundo plano, durante a gestão de George W. Bush, mas louva o papel do atual líder americano. Alega ainda, que o Brasil precisa ter uma meta global para o desmatamento, para a energia e agricultura. Defende que o limite do desmatamento em 80% até 2020 pelo Brasil é muito timido.
Marina Silva é uma mulher que merece muito respeito.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marina_Silva
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/10/091027_marina_washington_bg_np.shtml
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1272850-5601,00.html
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