segunda-feira, fevereiro 13, 2012




Conselho Regional de Psicologia publica matéria sobre a votação do Projeto de Lei (PL) 268/2002, e pede adesão a mobilização contra o Ato Médico. Veja a matéria abaixo na integra.


O Conselho Comissão do Senado aprova Ato Médico e faz aumentar importância da mobilização

Uma luta de dez anos teve nova batalha na última quarta-feira, 8 de fevereiro. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado discutiu e deu parecer favorável ao texto Projeto de Lei (PL) 268/2002, o PL do Ato Médico. A postura da Comissão faz com que seja reforçada a necessidade de articulação e mobilização da Psicologia e das outras categorias profissionais interessadas para que o texto não seja aprovado pelas outras Comissões que ainda o avaliarão e para que não seja votado em Plenário.


Embora tenha passado por alterações de forma a, supostamente, manter a autonomia de profissões da área de saúde, como a psicologia, o PL representa um grande retrocesso. Se aprovado sem que haja um debate aprofundado, o texto pode restringir aos profissionais da medicina o exercício de atividades e serviços que cabem à psicologia, enfermagem, fisioterapia ou outras áreas de atuação.


O parecer aprovado pela CCJ na última quarta-feira deixa claro, por exemplo, que “a direção administrativa de serviços de saúde não constitui função privativa de médico” (Art. 5º, Parágrafo Único), mas restringe aos profissionais de medicina a chefia dos serviços. Há, ainda, pontos como a questão do diagnóstico nosológico (Art. 4º), que ficaria restrito aos médicos, e não mais seria permitido aos psicólogos, caso o texto seja aprovado como Lei.


O texto discutido foi o Substitutivo da Câmara dos Deputados (identificado pela sigla SCD 268/2002). O projeto inicial, apresentado em 2002, pelo então senador Benício Sampaio, já foi levado à Câmara, onde passou por modificações realizadas após pressão de vários setores da sociedade, incluindo a psicologia. Desde 2009, o texto estava tramitando na CCJ.


Pelas normas do Senado, a pauta passará, ainda, pelas comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE) e Assuntos Sociais (CAS), que discutirão as emendas antes de liberarem o texto para uma possível votação. A mobilização e a pressão aos setores do legislativo têm obtido bons resultados nos últimos dez anos. Por isso, é importante que os profissionais se manifestem, mostrando aos legisladores que não concordam com o Projeto.


Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ) e todo o Sistema Conselhos de Psicologia são contra o ato médico, pois desejam a garantia do pleno exercício de todas as categorias da saúde, sem depender de Ato Médico ou de Atos de quaisquer profissões. Só assim haverá a certeza de que a legislação brasileira estará de acordo com a interdisciplinaridade prevista pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Participe da mobilização!Fonte: http://www.crprj.org.br/noticias/2012/020901


Harley Pacheco, um estudante do 5º. ano de Psicologia, publicou uma reflexão importantíssima sobre o poder do médico e rechaçando o Ato Médico.


Veja abaixo na íntegra a publicação do aluno.



Diga Não ao Ato médico

O ato médico é composto de conceitos equivocados e pontos de vistas alienados que estereotipa os profissionais da saúde como sujeitos despreparados que submetem seus pacientes há riscos. Porém há uma clara e obvia contradição nesse argumento que se mostra na verdade um constructo sofista, tendo em vista que segundo o Jornal da Associação Médica o índice de denuncias a justiça contra médicos acusados por erros cresceu demasiadamente. 
Obviamente há tentativa do C.R.M.-SP por meio do estudo denominado “O médico e a justiça”, a qual tenta evidentemente manipular as concepções publicas acerca das decisões dos magistrados alegando que não houve erro médico, mas sim erro dos hospitais. É um tanto curioso que não haja estudo em sentido contrário, mas de qualquer modo não explanarei a respeitado por se tratar de mera especulação. 
Fonte:(http://www.cremesp.org.br/library/modulos/centro_de_dados/arquivos/denuncias_cremesp.pdf e http://www.cremesp.org.br/library/modulos/publicacoes/pdf/medico_justica.pdf). 

É notória a definição de saúde que se encontra nos preâmbulos Constituição da Organização Mundial da Saúde que a conceitua como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças” essa definição se combate clara e rigorosamente às reivindicações propostas na lei do Ato Médico que visa à dominação do aparato denominado saúde. Nesse contexto há uma contradição entre o incentivo a saúde promovido pela O.M.C. e o modelo de vida que a legislação está tornando possível, uma vez que o controle da saúde está nas mãos de pessoas que auto percebem como donos e um conhecimentos extraordinário e total em torno da ciência universal da cura. A promoção da saúde e bem estar aparentemente não está ligada apenas a aspectos biológicos, mas também a esses. Há antagonistas sociais que clamam por mudanças, pois, minam a promoção da saúde e dentro desse contexto está a lei do Ato Médico que abruptamente se justifica como superior e objetiva remontando assim o principio básico da dominação. Mas de fato o conhecimento está mais longe cada vez mais da arrogância acadêmica que o reconhece como privativo de uma classe especifica. O relatório Lalonde mostra que há algumas diretrizes para nortear a saúde onde se, incluindo biologia humana, ambiente, estilo de vida e assistência médica. Portanto, a saúde é mantida e melhorada, não só através da promoção e aplicação da ciência da saúde, mas também através dos esforços e opções de vida inteligentes do indivíduo e da sociedade. 
Fonte:(http://www.hc-sc.gc.ca/hcs-sss/alt_formats/hpb-dgps/pdf/pubs/1974-lalonde/lalonde-eng.pdf). Esse relatório mostra claramente que a saúde não é oriunda da medicina, mas justamente o contrário, que a medicina é oriunda da saúde e de seus planos de promoção, além de enfatizar que o modelo médico é equivocado e que certamente é necessário olhar além do sistema tradicional de saúde. A única maneira de combatermos o mal sorrateiro “Ato Médico” que se instala diante da saúde publica brasileira é utilizarmos de três premissas básicas que são as palavras, os pensamentos e as manifestações. 

Dizem que o silencio é de ouro, mas na verdade a palavra que é, porque uma vez dita é forjada e dourada, queima e destrói como também cura as corrupções da matéria. O provérbio que diz que o silêncio é ouro deve ter sido criado pelos governos despóticos, pois isso parece com truculência dos tiranos que sem silêncio não impõem escravidão. (Fedon e a Palavra) Os tiranos não gostam que as pessoas pensem, fazem esforço pra deformar o pensamento, estabelecem fábricas de pensamentos e é exatamente isso que o “Ato Médico” faz, porém todas as vezes que o povo se dispôs a exercer com todo vigor o seu direito e o seu atributo de pensar, os tiranos foram derrotados, levados ao ostracismo e os despotismos derrubados. (Teocrito e o pensamento) A manifestação é a ação onde se concentra o pensamento e a palavra, é infelizmente a força motriz da mudança, mas não apenas a manifestação, mas a reivindicação intelectualizada com propriedade, pois contra essa não há quem resista. 

Diga não ao “Ato Médico” - Por: Harley Pacheco – Estudante - 5 ano de Psicologia

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/81395835/Diga-nao-ao-Ato-Medico
MÉDICOS X MEDICAMENTOS X LABORATÓRIOS 
O QUE REALMENTE EXISTE NESSE CASAMENTO? 

Enquanto isso, a Anvisa divulga informações sobre consumo de medicamentos controlados.
NBR Notícias - 20.01.12: Apesar de serem de uso controlado, os ansiolíticos, ou antidepressivos, estão entre os medicamentos mais consumidos pelos brasileiros entre 2007 e 2010. Nesta sexta-feira (20/01), a Anvisa divulgou um boletim com informações sobre o consumo de remédios controlados.
Veja os videos sobre a reportagem.
















segunda-feira, janeiro 16, 2012

ATENÇÃO MANIFESTAÇÃO: 22 DE JANEIRO DE 2012 (DOMINGO) - HORÁRIO: 10h00


JUNTOS EM FAVOR DO BEM


NÃO VAMOS CALAR NOSSOS LÁBIOS E DEIXAR QUE A CRUELDADE E A IMPUNIDADE PREDOMINE - COMPARTILHE

NO SERÁ SILENCIAR NUESTROS LABIOS Y DEJAR QUE LA CRUELDAD Y LA IMPUNIDAD PREDOMINA-SHARE

WE WILL NOT SILENCE OUR LIPS AND LET THE CRUELTY AND IMPUNITY PREDOMINATES-SHARE

NOUS PAS TAIRE NOS LÈVRES ET LAISSEZ LA CRUAUTÉ ET L'IMPUNITÉ PRÉDOMINE-PART

WIR NICHT SCHWEIGEN UNSERE LIPPEN UND LASSEN SIE DIE GRAUSAMKEIT UND STRAFLOSIGKEIT ÜBERWIEGT-SHARE

NOI NON TACERE LE NOSTRE LABBRA E LASCIARE CHE LA CRUDELTÀ E L'IMPUNITÀ PREDOMINA-SHARE





Todos juntos sairemos na luta pelo respeito aos animais. A manifestação acontecerá simultaneamente em várias cidades do Brasil. 


REIVINDICAÇÃO:

PENALIZAÇÃO CORRETA E EFETIVA PARA QUEM COMETE CRUELDADES E MAUS TRATOS AOS ANIMAIS! 

OS ANIMAIS PEDEM JUSTIÇA!                       


A lei atual é branda e não pune devidamente quem comete crimes contra animais.

Esta manifestação é o início de uma série de ações para uma penalização correta contra a crueldade aos animais.
A petição oficial do movimento (abaixo assinado) tem por objetivo coletar 1 milhão e meio de assinaturas em todo país, e já está sendo elaborada.
Para assiná-la, cadastre seu e-mail no site www.crueldadenuncamais.com.br e aguarde nosso contato.

SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL! 
JUNTE-SE A NÓS E LUTE POR ELES! 

NORMAS: - A manifestação CRUELDADE NUNCA MAIS é um movimento PACÍFICO e respeitador das leis, idealizado e organizado pelos protetores de animais do Brasil, o qual será o início de uma série de ações que visam a penalização correta para crimes de maus tratos aos animais.
- Os animais não deverão ser levados à manifestação.
- Cada cidade organizará o formato da manifestação de acordo com as normas e condições locais.
- Os manifestantes deverão levar sacolinhas para a coleta do lixo.
- Os manifestantes poderão levar cartazes e faixas com as seguintes frases:

OS ANIMAIS PEDEM JUSTIÇA! CRUELDADES CONTRA ANIMAIS: LEIS MAIS RÍGIDAS E CADEIA!

OS ANIMAIS NÃO VOTAM, MAS NÓS SIM! CRIMES CONTRA ANIMAIS DEVEM SER PUNIDOS COM RIGOR!
CHEGA DE IMPUNIDADE PARA CRIMES CONTRA ANIMAIS!
BRASIL, MOSTRA A TUA CARA LIMPA DE CRUELDADE!

- As faixas deverão ter no máximo 2m de largura.
- Frases ofensivas e que incitam a violência não serão permitidas.

Informações sobre pontos de encontro, acesse:
www.crueldadenuncamais.com.br


sábado, janeiro 07, 2012



O artigo “O outro no desenvolvimento humano”, que relata através de uma linguagem clara, conceitos complexos sobre desenvolvimento humano e autocompreensão, é uma boa maneira de entendermos o quanto é essencial o papel do cuidador junto à criança. Reforço de comportamento positivo, carinho, amor, são alguns dos ingredientes para nortear um caminho “certo” no futuro do pequeno ser. Parabéns ao psicólogo Rodrigo pelo artigo, gostei muito e por isso, resolvi publicá-lo no meu espaço.

O outro no desenvolvimento humano


Nossa capacidade de autocompreensão e de compreensão do mundo é obviamente muito limitada quando estamos começando a vida no útero materno e logo após nosso nascimento. Nessa fase do desenvolvimento humano, o tempo ainda é insuficiente para o ser desenvolver sua potencialidade de compreensão dos ambientes interno (o próprio corpo) e externo, da mesma forma que é para o desenvolvimento do controle de mobilidade de nossos membros superiores e inferiores (braços, mãos, pernas e pés). Parece que os seres humanos nascem com menor autonomia e são menos “pré-programados” do que a maioria dos outros animais. No caso dos humanos, quase toda a programação para a sobrevivência e o desenvolvimento é feita depois do nascimento e o aprendizado do bebê é principalmente via observação e imitação de outros humanos. Em outras palavras, o bebê humano apreende a ser humano pelo modelo de humanidade que lhe é apresentado nessa fase da vida. Nesse processo, primeiro o bebê observa para depois procurar fazer igual ao que compreendeu que os humanos fazem, ou seja, fazendo imitação do que compreendeu.

Entretanto, considerando o processo assim descrito, como o bebê se guia no sentido de um bom aprendizado para se formar como um ser humano? Como saberia se está cada vez se aproximando ou se afastando do modelo humano de ser? Uma hipótese de resposta do que baliza o bebê, para saber se está na direção certa, seria a compreensão (por ele mesmo) de que está sendo compreendido pelos seres humanos mais próximos (país e cuidadores). Ser bem compreendido significaria estar indo na direção de ser um ser semelhante aos outros humanos. Assim, seria o fato de outras pessoas nos compreenderem um parâmetro fundamental, como placas sinalizadoras de direção para nosso desenvolvimento no sentido da construção do nosso ser como humano. 
A partir dessa ideia de modelo de desenvolvimento humano na primeira infância, é natural presumir que, sendo o processo bem sucedido, os adultos humanos continuariam a usar esse modelo, pelo menos de forma semelhante, para progredir e atingir o máximo de seu potencial de desenvolvimento. Para tanto, naturalmente, o ser humano precisaria estar sempre em comunicação interativa com outros humanos e ainda precisaria que os outros humanos compreendessem o modo que ele próprio compreende a si mesmo e ao mundo, em cada um dos momentos de sua vida. Dessa forma, seria a percepção de cada um de que outros humanos conseguem compreendê-lo o ponto de partida e de segurança que cada indivíduo teria para avaliar se sua compreensão é razoável para entender tanto a própria realidade interna quanto externa do ponto de vista de um humano normal. 
Essa compreensão pelo o outro funcionaria como uma bússola para o desenvolvimento do ser como humano normal e mesmo para alcançar o potencial máximo como individuo.
Uma vez que a função da psicoterapia é ajudar no autodesenvolvimento e na cura e, considerando que quando o ser humano está impossibilitado de desenvolver todo o seu potencial a cada momento, ele estará em sofrimento ou doente, como nos alertou Abraham H. Maslow, um modelo de psicoterapia eficiente seria aquele que se aproximasse desse processo natural de desenvolvimento humano como o descrito. Assim, o papel do psicoterapeuta deveria ser o de procurar entender como é a compreensão do seu cliente a respeito de si mesmo e do mundo e comunicar de volta como percebe a compreensão dele. Então, de forma similar ao modelo natural de desenvolvimento humano, a compreensão do psicoterapeuta, que pode ser chamada de empática, iria promover, junto ao cliente, autodesenvolvimento e autotratamento curativo. A psicoterapia, assim, estaria contribuindo para o cliente aprimorar sua compreensão de si próprio e do mundo que o cerca e seu autoconceito e, consequentemente, suas condutas. Esse fenômeno ocorreria à medida que o psicoterapeuta conseguisse indicar ao cliente que o compreende bem no estágio atual de sua autocompreensão e entende a maneira que ele percebe o mundo. Essa indicação ajudaria o cliente, como se fosse uma autorização ou uma base de segurança para partir e retornar, a progredir em relação ao estágio atual e, assim, com segurança, avançar e ir além, no sentido da cura de sofrimentos e do desenvolvimento pleno.



Fonte: http://rodrezpsic.blogspot.com/2012/01/o-outro-no-desenvolvimento-humano.html
Foto 1: Blog meubebefeliz.com.br
Foto 2: Blog idelmaria.com
Foto 3: Blog parana-online.com.br